31.7.13

domingo.



abriu as cortinas da sala. deixou o Sol entrar de maneira ainda meio tímida. estava andando procurando por algo a fazer. sentou na poltrona que ficava no canto e onde um pequeno filete de claridade passava. sentou pesadamente com um leve suspiro e acendeu um cigarro preguiçoso. tragada após tragada e ela continuava invadindo os seus pensamentos. 'que merda' - ele soltou, alto, quase em desespero.

levantou e foi até a cozinha. preparou um café preto. forte. e tomou de maneira nervosa. o café ia mantê-lo acordado mas ficou com medo da agitação que a cafeína poderia causar nele depois. jogou a xícara na parede. espatifou a porcelana como se fosse um sonho arremessado e cacos voaram para todos os lados. percebeu o quão estúpido era. por inúmeras razões. mas a principal naquele momento é que a sua fúria e decepção só faria com que ele tivesse que limpar a sala. 'ao menos a xícara estava vazia' - disse a si mesmo com um riso acanhado. 

- o que está falando é uma música. animada. hora de mudar o clima. de dentro pra fora. - disse em voz alta e foi ligar o computador nas pesadas caixas de som da sala de tv. ficou procurando uma playlist até perceber que tudo, absolutamente tudo lembrava a ela. isso o fazia sentir um leve desespero. um leve arrepio que deixava os seus pêlos meio em pé e sua pele ficava toda coberta de bolinhas. ligou o rádio em alguma estação que não fazia nada o seu estilo, somente para não pensar.

fazia pouco tempo que estavam separados e talvez por isso que ele sentia a dor tão na superfície da alma. respirou fundo, pegou um livro que estava protelando há meses. abriu e decidiu que à partir daquele momento, aquele seria o seu mundo. o resto ele pensaria depois em como resolver suas frustrações. por agora seriam apenas ele, um livro e café.

keep calm.


stay calm é o caralh*.

30.7.13

a few.


são poucos mas existem. eu, por exemplo.

distância.





'Ando me distanciando e nem sei ao certo o que acontece. Já não sinto vontade de falar com muita gente. O bom é que muitos não percebem, assim eu não preciso perder tempo tentando explicar as razões pelas quais venho querendo fugir. Essas coisas são muito cansativas. Aliás, a maioria das coisas que envolvem pessoas são cansativas.' 

Sean Wilhelm.

29.7.13

autocorretor.


esse autocorretor do celular me coloca em cada uma. aprendi a desativar e sou mais feliz. mas quem nunca?

segunda-feira.

vai, todos juntos: pre-gui-ça.

28.7.13

te amo.



comigo foi assim: saudades :)

resposta: own

27.7.13

desapego


se alguém souber como faz, me ensina.

26.7.13

25.7.13

à beira.





não quero mais dar nenhum passo. voltar a ficar à beira. à margem. no canto, olhando na diagonal e vendo um perfil qualquer. vou ficar ali, na sombra, à meia luz. vou esperar que alguém chute a porta, se arrependa, chore. não vou ser a parte sofrida, nem a chorosa. já chorei. já sofri. agora que alguém assopre um dente de leão no vento, porque eu to indo junto.

o resgate.

como me fazer chorar no trabalho em 1 vídeo:


24.7.13

you smile



quando eu te vi, eu me apaixonei e você sorriu, porque você sabia.
william shakespeare

eu tava ali de bobeira. mas você sabia. era real. você me fez sorrir. no dia e em todos os outros. me fez chorar algumas vezes, de saudade. brigou comigo quando eu achei que estava certo e quando eu estava errado também. me julgou pelo meu passado e pelo futuro que você imaginou que eu pudesse ter. eu sorri porque sabia que ali ia nascer uma história. a gente ia se separar no meio do caminho. na verdade logo no começo. eu nem imaginava que isso fosse acontecer, mas nos reencontramos. não deu certo de novo, olha que ironia. e continuamos nos encontrando. eu me sentia em um iô-iô emocional. indo e vindo de tempos em tempos. namorados passavam e você não. era como se você sempre esquecesse alguma coisa comigo que eu precisasse devolver depois. e devolvia e sempre voltava com algo.

madrugada.

e vai ver as madrugadas foram mesmo feitas para pensar e não para dormir.


p!nk - try

23.7.13

Rotina.

A rotina cansa. Procure algo novo e se jogue.


22.7.13

olá segunda.


bom dia segunda-feira. você não me representa.

21.7.13

domingo.


meus domingos são assim. uma preguiça que vem na hora de levantar. vou pensando na semana e o dia vai passando. domingo é um dia meio edredon, computador, tédio. domingo é um dia triste quando não se tem o que fazer.

20.7.13

sábado.



sábado é um dia lindo. tudo é mais gostoso no sábado. 

19.7.13

atraso.



que de atraso, só relógio velho. e que a vida ande pra frente. sempre.

18.7.13

rotina.


e que você vire a minha rotina, também.

17.7.13

ad infinitum.


ad infinitum. se você perguntar pra ele o porquê dessa expressão na hora de enviar a foto, ele não saberia responder. mas mandou. foi sincero. foi do fundo da alma como um tiro de 12 disparado a queima roupa. chegava a doer de tão intenso. nunca havia dito isso a ninguém. era novo, exclusivo. era só dele.

passado algum tempo ele estava lá, parado, fumando um cigarro despreocupado e pensando em alguma bobagem qualquer quando viu a foto. de novo aquela foto, tirada por ele. 'mais amor por favor'. pensou um tanto de vezes e acabou mandando, quase em modo automático. 'fiz merda', foi a primeira coisa que veio a sua cabeça. a resposta veio até rápido. estava escrito: ':/ eh mais amor por favor'.

ele chegou a ficar tonto. tudo era muito confuso na cabeça dele. 'caramba, quem quer faz. se você quer, porque não tá aqui?'. mas nem sempre pensar adianta. conversaram levemente. ele ficou ainda mais confuso com o teor da conversa. as coisas que já não faziam muito sentido, passaram a fazer menos ainda. a única certeza dele era que ele queria. estava pronto para tentar novamente, talvez de uma nova forma, escrever a uma nova história repetindo os personagens. porquê não?

lentamente ele foi voltando ao normal. ele não queria vê-lo. até insistiu. nada. ele disse: vai pra casa, eu te ligo a noite para saber como está tudo por aí. ele respondeu: 'está tudo ruim. está tudo sem você.' - o dia tinha acabado pra ele. outra vez. estava feliz por dentro pela ponta de esperança. arrumou as coisas e foi para casa esperando o próximo capítulo da história. desejando bem lá no fundo, que dessa vez o título desse capítulo fosse: ad infinitum.

16.7.13

quando eu penso em você.


e eu penso a cada instante. até mesmo quando eu penso que esqueci. quando eu penso que deixei pra lá. quando eu penso que não quero. até quando eu lembro de respirar. eu não esqueço.

15.7.13

Segunda-feira.


saco.

ao som de wye oak - civilian pra ver se anima.

14.7.13

eu realmente não sei.


eu realmente não sei. solto um riso frouxo, às vezes alto e incontido. e às vezes seguro uma lágrima de canto de olho que vem querendo me deixar acanhado. fico pensando se deveria chutar a porta ou alguém. se devo ficar quieto ou gritar. mandar uma mensagem ou acampar na porta do seu apartamento. fico pensando no que seria melhor, no que você esperaria que eu fizesse. disse: eu não sei como te reconquistar. você respondeu: mas eu não falei que eu quero que você me reconquiste. ainda estou em dúvida sobre a imagem, se escolho a vodka ou o mar.

13.7.13

um jantar (quase) despreocupado


ele insistiu até que conseguiu convencê-lo a sair para jantar. foi uma tarde agradável e preguiçosa em que eles conversaram bastante por mensagem. nem lembrava mais quanto tempo fazia que eles não conversavam tanto, sobre assuntos banais. sem aquele peso, sem aquela necessidade de ter algum assunto interessante. porque ele sabia que quando tudo está perdido, não há nada a se perder.

foram na companhia de um amigo dele. dava para escutar os seus pensamentos à uma certa distância. apesar de tudo ele sentia extremamente confortável com aquela situação. isso era novo pra ele. não que ele costumava se sentir desconfortável antes, mas quando na presença de qualquer amigo dele, parecia que a responsabilidade de ser alguém bacana duplicava. e ele não conseguia ser ele mesmo. acabava ficando com uma cara meio amarrada. mas não aquele dia.

deram um abraço meio de lado, sem muita emoção quando chegaram, mas sentaram na mesa lado-a-lado, como costumavam fazer desde o dia em que ele descobriu que uma mesa de distância entre eles, era algo demais a suportar. ele precisava do toque, do cheiro, do carinho na perna enquanto tomava um refrigerante. e ficaram ali, sentados, fitando cada um o seu espaço e sem se tocar. em alguns momentos ele chegou a tremer de vontade de esticar o braço, tocar a perna dele e fazer um carinho qualquer como quem diz: eu nunca vou te deixar.

jantaram alguma comida desinteressante. ele nem conseguiu terminar metade do lanche, não se sentia bem. ele sabia, ele sentia que por mais que tudo parecesse 'normal', não estava. a distância estava ali, estampada como um papel de parede.

depois veio a conversa, cada um já na sua casa. 'hey, ele disse, você sabe que somos apenas amigos né?'. ele disse: eu não quero. isso pra mim não basta. nunca bastou. 'amanhã conversamos, ele disse'. e foram dormir. cada um com seu pensamento. e ele achando que esse amanhã ia demorar. dormiu mal, acordou algumas vezes durante a noite e fumou no escuro. fumou toda a sua frustração e sentia o gelado do balde de água fria que aquela noite tinha jogado em cima dele.

acordou e mandou uma mensagem logo de manhã. nada de conversa. se estivesse ao lado dele, ele teria dito: eu te seguirei  até a escuridão. bom dia. eu te amo.

12.7.13

inesperado.



adoro elogios inesperados. eles soam muito mais sinceros.

11.7.13

uma vontade meio assim.



uma vontade meio assim. meio largado, de lado, sozinho. uma preguiça que vem da alma. junta todas as tuas células como em um gigantesco abraço e você se rende a um edredon. aquele edredon amarelo, velho, meio rasgado.
um dia meio assim. cinza, nublado. aquela vontade que morre antes de nascer. uma saudade qualquer jogada no tapete da sala e a vontade de encarar o travesseiro. uma solidão de quem quer ficar só, mas que odeia se sentir sozinho.

9.7.13

i was fighting.


i was fighting.


parecia que ele tinha perdido a vontade de lutar. não trocamos beijos ou ficamos de mãos dadas. na verdade ele sentou a uma distância quase respeitosa, como se tivesse medo de que eu me aproximasse demais, e com isso tudo desabasse.

ele bateu a porta do carro violentamente, como se estivesse dizendo adeus, mas sem nenhuma palavra. eu não sabia mais qual era o certo. era desistir? tentar mais uma vez? insistir em algo que às vezes me parecia tão errado, mas que quanto mais eu pensasse, mais sentia a falta e tudo parecia certo.

situação de merda. nem você sabe o que quer. e você dirige vagarosamente pelas ruas. erra o caminho da própria casa. e só sai do farol quando alguém buzina atrás, porque você sabe que deixou ali, naquela rua escura, a sua atenção. amor. ódio. paixão. e a concentração e toda a forma de pensamento.