26.9.08

Trilha Sonora da Fossa (parte 1)



Foo Fighters - Stranger Things Have Happened

goddamn this dusty room
this hazy afternoon
i'm breathing in the silence like I've never before
this feeling that i get
this one last cigarette
as i lay awaken and wait for you to come through the door
oh maybe, maybe, maybe i can share it with you
i behave i behave i behave so i can share it with you

you are not alone dear loneliness
you forgot but i remember this
so stranger, stranger, stranger things have happened i know
i'm not alone dear loneliness
i forgot that i remember this
so stranger, stranger, stranger things have happened i know, oh ohh, oh ohhh

and i dream about somewhere, a smoke will fill the air
as i lay awaken and wait for you to walk out that door

i can change, i can change, i can change
but who you want me to be?
i'm the same, i'm the same, i'm the same, what do you want me to be?

you are not alone dear loneliness
you forgot but i remember this
so stranger, stranger, stranger things have happened i know oh ohh, oh ohh

i'm not alone dear loneliness
i forgot that i remember this
you're not alone dear loneliness
you forgot but i remember this
oh stranger, stranger, stranger things have happened i know

i'm not alone dear loneliness
i forgot that i remember this
oh stranger, stranger, stranger things have happened i know oh ohh, oh ohh, oh ohhh



Tradução não disponível por enquanto.

(y)

22.9.08

Página Virada

Eu não sei se era uma questão de escolha ou não. As vezes simplesmente eu não tinha tempo de tomar qualquer decisão. Se eu fosse escrever na velocidade com que as coisas estão acontecendo, competiria com muitos computadores. Se eu fosse descrever, mesmo que sem detalhes, tudo o que se passou esse ano, ou nas últimas semanas mesmo, acho que o livro seria grande demais para carregar.

O problema talvez seja bater sempre na mesma tecla, e eu cansei. Na verdade cansei também de ficar pensando sobre isso. Ou se está ou não se está. São conceitos simples de se trabalhar. Pode apostar, eu não esqueco nunca quando eu recebo silêncio na hora que eu preciso de alguém. Aos que caminham ao meu lado, independente da distância, serão lembradas para sempre. Algumas coisas deveriam ter sido deixadas para trás a muito tempo, pode apostar.

Quanto mais eu conheço animais, mais medo eu tenho do homem. Para mim não existe nenhum outro animal pior em toda a natureza, simplesmente pela crueldade das atitudes. Os animais, como irracionais que são, não pensam e o homem parece não sentir, ou perdeu a capacidade. Eu prefiro me afastar, nesse ponto realmente não encontra-se meu lado mais solidário. Escondo-me como um animal na toca.

As vezes eu acho que a melhor solução para algumas coisas é esperar. Ter paciência e lucidez. Manter a fé em alguma coisa. Baixar a cabeça é a primeira derrota, enfrentar de frente as vezes é a segunda. Esperar. Manter o foco do pensamento sempre na boa realização. Otimismo faz diferença quando acreditamos que recebemos aquilo que damos na mesma intensidade. Não importa o quanto você apanhe, resista! Seja forte o suficiente para não sair morto. Aceite as feridas como uma evolução, mas nunca vá além do seu próprio limite.

O Mundo está repleto de pessoas com problemas, e estamos cansados de saber que ele não vai parar para que sejam consertados. Imagina se todas as pessoas com problemas em suas vidas parassem de trabalhar. Pense no caos: O entregador de jornal foi traído pela mulher e não trabalhará durante a próxima semana. O padeiro está com a filha doente e não irá trabalhar por uma semana para ficar com ela na cama, e assim vai. Estamos sempre cercados de pessoas que enfrentam problemas todos os dias. Preste atenção: ENFRENTAM. Não podemos deixar de lado e nem fugir. Estamos vivos. Mesmo com roblemas eu estou ao lado das pessoas que eu amo. Abadonar jamais, não se eu amar de verdade. Imagina se nós resolvêssemos deixar de lado as pessoas que amamos porque estamos enfrentando uma crise existencial ou algo parecido? Isso não pode ser considerado amor. Você deve estar do lado sempre e compartilhar, ou você talvez não ame de verdade.

Creio que chegou o momento em que eu aprendi a abstrair algumas coisas, a esquecer algumas pessoas, a relevar e deixar algumas outras coisas para trás. Chegou a hora de ter um pouco mais de paciência, de serenidade, lucidez e fé. Chegou a hora de olhar um pouco mais para dentro e menos para fora. Chegou a hora de olhar para o lado e ver quem realmente importa e quem está ao meu lado sempre. Chegou a hora de marcar o que realmente fará diferença, de erguer a cabeça, olhar para frente e ser feliz.

16.9.08

I Will Possess Your Heart



Death Cab For Cutie - I Will Possess Your Heart
Death Cab For Cutie
How I wish you could see the potential,
the potential of you and me
It's like a book elegantly bound,
but in a language that you can't read, just yet

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

There are days when outside your window,
I see my reflection as I slowly pass
And I long for this mirrored perspective,
when we'll be lovers, lovers at last

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

I will possess your heart
I will possess your heart

You reject my advances and desperate pleas
I won't let you, let me down so easily, so easily

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart


You gotta spend some time, love
you gotta spend some time with me
And I know that you'll find, love
I will possess your heart

I will possess your heart
I will possess your heart


Para quem precisa da tradução:
http://vagalume.uol.com.br/death-cab-for-cutie/i-will-possess-your-heart-traducao.html

O vídeo oficial tem o dobro de duração, com uma entrada de aproximadamente 4 minutos:
http://www.youtube.com/watch?v=pq-yP7mb8UE&feature=PlayList&p=2C1C735A2F4FAD19&index=12

13.9.08

O fardo, a notícia, a saudade.

Tinha sido uma sexta-feira normal. Na verdade estava inclusive considerando-a um maravilhoso dia.

Acordei 15 para as 8 porque eu ia ter aula de inglês. Trabalhei até as 6 da tarde, passei em casa para tomar um banho e fui atrasado como sempre para a faculdade. Como tenho feito todas as noites, as 11 horas estava no parque com um casal de amigos para correr. Cheguei em casa por volta da 1 hora da manhã, comi uma refeição leve por causa do horário, exatamente como tenho feito todos esses dias. Baixei meus e-mails e fui tomar um banho. Depois, no exato instante em que coloquei meus remédios que entre outros efeitos me ajudam a dormir, na boca, o telefone do meu quarto tocou.

Digamos que uma bomba inesperada fosse jogada no seu colo, e você que deveria contar a explosão. Foi mais ou menos assim. Meu irmão mais velho sem muita cerimônia me contou que a minha avó, minha única avó viva havia morrido. Eu sinceramente nem ao menos lembro exatamente qual foi minha reação, mas me lembro do chão abrir e fechar depois sob a minha cabeça. Olhei para o telefone como se ele fosse me abraçar. Nessa hora eu desejei não estar solteiro.

A cidade é Campinas e ninguém queria ligar para avisar meu pai. Estou falando de uma senhora de 92 anos e 2 filhos vivos (2 falecidos). Minha tia e meu pai. MInha tia havia chegado na quinta-feira, devido a um leve susto que a minha avó havia dado em todos ao parar na UTI por um problema pulmonar. Recuperou-se em 24 horas. Em 48 horas já estava no quarto. Em 72 estava em casa. Em 96 estava morta. Não havia coragem, ninguém queria falar ao filho sobre a morte da mãe por telefone. Eu fui o sorteado.

Fiquei parado na porta do quarto. Vieram algumas milhares de frases, mas na hora em que eu colocava a mão na maçaneta elas pareciam correr assustadas. Ok, em termos de susto eu acho que ali estava no centro. Abri a porta entre latidos de um cachorro de apenas alguns centímetros em fúria e um 'oi'. Me surpreendi, esperava encontrar ronco e não saudação. Parei. Respondi. Pedi ao meu pai se ele poderia levantar. Minha mãe que toma remédio para dormir, no mesmo instante já estava aos gritos querendo saber o que havia acontecido. Não podia responder. Pedi para que ele me acompanhasse para fora do quarto.

'O que foi? Você bateu o carro?', foi a primeira coisa que eu escutei. 'Não', respondi. 'Acho que a notícia é pior pra você pai', completei. Depois eu fiquei sabendo que na hora ele pensou: 'bateu no meu carro!'. Olhei para tantas direções quanto era possível. Pensei o suficiente para ver diante dos meus olhos toda a minha biografia. Senti um frio subir pela minha espinha. Já estava tremendo e com a voz falhando, agora me sentia transparente. 'Pai, a vó faleceu'. O mundo parou. Tentei ser o mais sóbrio possível, eu precisava estar forte ali. Se alguém tinha que cair, não poderia ser eu naquela hora. Eu não sabia qual ia ser a reação dele, mas vi a perplexidade. Me perguntou como havia sido, mas eu não sabia. Percebi que na hora que meu irmão me ligou eu simplesmente não perguntei. Pedi para que meu pai ligasse para o meu irmão mais velho. Vi que ele fora para o quarto. Direção errada.

PS: hoje, faz uma semana.

10.9.08

You'll never find.

Eu realmente não me importo com o tamanho dos textos.






Existe uma frieza no seu olhar. Uma voz seca. As brincadeiras sumiram, talvez a meu pedido, mas algo saiu errado. Antes brincávamos e ríamos. Hoje não nos falamos. Onde será que foi o erro? Meu? Teu?

Confesso, eu pedi seriedade e você sabe muito bem disso. Eu acho que em determinados momentos não dá pra gente encarar a vida como se fosse um lindo carrossel parar girarmos eternamente. Existe uma certa seriedade. Eu adoro brincar. Adoro contar uma piada e fazer uma brincadeira. Geralmente as pessoas dão risada comigo. Não que tenha uma veia de comediante aflorada, ao contrário, acho que faço as pessoas darem risada pelo temperamento forte e falta de paciência com 90% das coisas estúpidas que eu vejo/escuto/sinto. Mas não precisava ser assim. Eu só queria alguém pra conversar em todos os tons. Em todos os andares dessa nossa alucinada vida. Eu não consigo encarar o mundo como uma brincadeira e me espanto. Você também não! Talvez tenha tido muito mais coragem do que eu em realizar e ir atrás de certos objetivos que eu por exemplo por muito tempo abandonei. Mas você também foi sem planos. Acho que em ambos os lados de uma gangorra existem erros, por isso ela nunca se equilibra.

Uma coisa que eu não entendo, e confesso novamente outro atributo. Se eu amo, eu demonstro. Pra mim as pessoas que amam demonstram. Mesmo aquelas que são frias e secas. Eu sempre, por exemplo, fui acusado de ser uma pessoa fria inúmeras vezes. Mas quando estou amando, existeuma força maior dentro de mim. Eu gosto de ver isso. Eu gosto de sentir isso. Eu sou uma pessoa tão insegura comigo mesmo que as vezes acho que posso ser trocado por uma formiga. Mas é simples você ir até ela e pisar. Acaba o problema e você terá a certeza de que acabou. Mas na vida real mesmo, isso não acontece assim. Não dá pra simplesmente esmagar tudo aquilo que nós vemos ou identificamos como ameaça. Eu preciso de segurança. Isso é primordial pra eu acreditar que sou amado e não ter problemas como por exemplo um ciúme e uma possessividade alucinada. Simplesmente porque me sinto seguro. Isso não tem acontecido. Será que alguma vez, isso de fato aconteceu? Não sei. No meu ponto de vista, não. E não consigo entender essa falta de um mínimo. Ok, não quer me mandar msgs todos os dias de manhã dizendo que me ama? Ok, mas ao menos me ligue no final do dia, me mande um e-mail, dê um sinal de vida. Mostre que em algum lugar do Mundo alguém está conectado a mim, assim como eu estou a pessoa. Mas faça bem feito.

Mas eu cheguei na resposta. Não há amor no vazio.

8.9.08

Trilha Sonora do Meu Casamento (parte I)



utube em manutenção. Caso não abra o vídeo aí em cima, tente aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=xwWpIrb-UiM

Aprendendo a ver.

Eu sempre pude me gabar da minha visão. Sempre enxerguei mais longe. Fácil. Sempre adorei esse meu 'poder' quase anormal, até porque aqui em casa éramos apenas eu e meu irmão mais velho que nunca precisamos. O resto da família, sempre viram o mundo por trás de uma pequena lupa. Mas em contrapartida eu sempre tive crises horríveis de dor de cabeça e todas as vezes em que elas ficavam um pouco mais frequente, minha mãe marcava consulta no oftalmo para a família inteira, mas isso depois eu descobri que era apenas uma desculpa para me fazer ir junto. Ok, sempre saí do mesmo jeito que entrei, e eles com receitas para aumentar o grau dos óculos.

Começou de forma sutil. Digamos que minha rotina não é das mais relaxantes possíveis, e a noite na faculdade eu comecei reparar que quando eu estava andando eu tinha uma certa dificuldade para focar o rosto das pessoas que vinham na minha direção. Comecei a ver que as vezes eu estava vindo na direção de alguém que eu conhecia e só ia reparar mesmo nisso de perto. Nada de muito importante, afinal de contas eu estava tão cansado que pensava comigo mesmo ser um milagre o fato de ainda enxergar alguma coisa. Como sento na parte da frente da sala, eu também nunca tive problemas pra ler a lousa e no cinema que costumo sentar no fundo a legenda sempre foi tranquilo. Mas o rosto das pessoas a noite era um problema.

Marcada a consulta eu cheguei no horário exato. Tive alguns problemas para estacionar o carro e tive que pedir pra recepcionista se eu poderia ganhar R$1,00 de desconto porque tinha gasto com o 'zona azul'. Chegou a ser engraçada a cena. Eu já havia ido uma vez em um oftalmologista que achou curioso eu precisar de 0,25 mas só de vez em quando, porque uma hora eu enxergava e quando ele trocava as letras não. Depois de uns 15 minutos ele descobriu que eu tinha dormido só 3 horas. Claro, culpa da minha mãe que marcou a consulta as 8 da manhã em um sábado que eu estava na praia. Voltando. A recepcionista muito simpática me conduziu a sala da médica. Devo confessar que a médica parecia saber exatamente o que estava fazendo. Eu em compensação não tinha muita idéia. Aliás, eu nem ao menos pude ler as últimas linhas. Me senti um perdedor. Como a minha visão prodígio de repente deteriora-se? Eu estava cansado. Tinha acordado não a muito tempo. Será que era isso, de novo? Saí com 0,5 grau em cada olho, para astigmatismo (longe), claro. Fui direto pro shopping.

No meio do caminho obviamente eu briguei com a minha mãe, que de birra simplesmente não abriu mais a boca. Me senti um imbecil. Uma amiga estava junto e foi simplesmente a salvação porque minha mãe nem ao menos consentia com a cabeça para me ajudar a escolher uma armação que ficasse boa. Ou menos pior. Meu Deus, eu pensava, como é difícil escolher uma armação que você provavelmente usará durante todas as noites da tua vida! A doutora me garantira (claro, que não era uma certeza, mas ela estava bem confiante) que o grau não mudará com a idade, mas disse que piora só até as 17 anos mais ou menos. Ok, o meu piorou com 22, será que pode piorar mais que isso? Saberemos com o tempo.

Voltei para o shopping a noite. Mais tranquilo e com a minha amiga apenas. Minha mãe demorou aproximadas 2 semanas pra voltar a falar comigo quase direito. Eu fiz questão de ir em todas as óticas que o shopping me oferecia e experimentar modelos que iam de 300 até 1800 reais. Assustei, afinal de contas era um pedacinho de ferro, mas o poder das marcas é muito mais forte que o do metal. Escolhi um simples. 'Perninhas' de borracha, azul claro, uma 'meia armação' de metal prateado. Ideal. Poucos passos depois de sair da ótica já me perguntava: ideal mesmo? Pronto. Prato cheio para passar uma semana me perguntando o quão bom de fato tinha ficado. Era impossível saber. Não tinha ficado pronto. Tentei me consolar com o fato da médica ter dito: você pode usar só quando sentir necessidade se quiser. Eu disse a mim mesmo nessa hora no shopping: Ok, uso tipo uma vez ao mês.

Uma semana depois ele ficou pronto. Fui correndo buscar e já saí usando, afinal de contas é trabalhoso para eu me acostumar. E foi aí que eu percebi, a diferença que é ver o mundo daquele jeito. Para quem nunca usou óculos na vida, é estranho demais passar a ver o mundo através de um vidro. Parece que falta alguma coisa. Para o meu consolo, assim que saí da ótica eu percebi que estava sim tendo problemas para enchergar, mas que não dava importância para aquilo. As placas pareciam ter mais sentido. Ainda uso boa parte do tempo. É difícil me acostumar. Agora tenho mais um ítem para pensar quando estou empilhando carteira, celular e adjacentes. Uma das minhas amigas que estava comigo quis provar. Ficou abismada ao conseguir ler alguns nomes de lojas e disse que 'o Mundo fica mais claro' daquele jeito. Eu disse: 'Ok, vá ao médico e acostume-se: você irá ver o mundo através de uma janela. '

4.9.08

Bons Momentos

Bons Momentos


Bons momentos não são apenas aqueles que carregamos na memória. Existem milhares deles no nosso dia-a-dia que simplesmente não damos muita atenção para a ocorrência. Estamos tão acostumados com a desgraça, sofrimento, morte e coisas do gênero que simplesmente deixamos passar algumas coisas. Acho certo gravarmos certos fatos mais chocantes com facilidade, mas acho errado quando isso termina apenas em rodas de conversa que serão facilmente esquecidas e deixadas de lado quando estiver se aproximando o último capítulo da novela da moda.

Creio que essas informações deveriam ser usadas por nós para cobrarmos daqueles que são os responsáveis. Atitudes mais sérias, mais educação, mais respeito e dignidade. Mas acho que não se pode fazer isso enquanto essas atitudes não partirem da gente. Não podemos cobrar melhores usos de impostos enquanto estamos sonegando ao comprar coisas simples sem nota fiscal, nem cobrar melhores atitudes da polícia, por exemplo, quando estamos comprando CDs piratas ou produtos roubados. Todo governo é reflexo do povo, então cabe a nós o ônus da mudança.

Porém, acho que da mesma forma que gravamos com facilidade os eventos trágicos de nosso dia-a-dia, acho que usamos da mesma intensidade para deixar certos eventos para trás. Quantas vezes você parou o que estava fazendo quando começou tocar uma música que você gosta? Ou aumentou o volume do rádio no carro? Abriu um sorriso? Foi feliz e dançou até a música acabar? São esses os bons momentos que tanto acabamos deixando para trás, sem nenhum espaço em nossa memória.

Já escutei e não creio ser o caso de ‘são muitas às vezes para nos lembrarmos de todas’. Acho que mais se trata de que simplesmente nos desacostumamos às coisas boas. Quantas vezes você abre um sorriso para acompanhar o bom-dia ao invés de apenas falar de modo automático? Acho que isso não está certo. Caso você alegue ter um mau-humor infernal de manhã, pense no boa tarde.

Por quê? Porque estamos nos acostumando tanto com cenas tristes ao invés das alegres? Não mais nos abraçamos. As pessoas mal se falam hoje em dia. Para quantas pessoas você já ligou ao invés de perguntar como elas estão via e-mail, MSN ou Orkut? Estamos simplesmente chegando ao extremo. Perdendo-nos em um turbilhão que nos arrastará para baixo. Mas desse Mundo, eu não pretendo fazer parte. E você?

Carlo Enrico