17.7.13

ad infinitum.


ad infinitum. se você perguntar pra ele o porquê dessa expressão na hora de enviar a foto, ele não saberia responder. mas mandou. foi sincero. foi do fundo da alma como um tiro de 12 disparado a queima roupa. chegava a doer de tão intenso. nunca havia dito isso a ninguém. era novo, exclusivo. era só dele.

passado algum tempo ele estava lá, parado, fumando um cigarro despreocupado e pensando em alguma bobagem qualquer quando viu a foto. de novo aquela foto, tirada por ele. 'mais amor por favor'. pensou um tanto de vezes e acabou mandando, quase em modo automático. 'fiz merda', foi a primeira coisa que veio a sua cabeça. a resposta veio até rápido. estava escrito: ':/ eh mais amor por favor'.

ele chegou a ficar tonto. tudo era muito confuso na cabeça dele. 'caramba, quem quer faz. se você quer, porque não tá aqui?'. mas nem sempre pensar adianta. conversaram levemente. ele ficou ainda mais confuso com o teor da conversa. as coisas que já não faziam muito sentido, passaram a fazer menos ainda. a única certeza dele era que ele queria. estava pronto para tentar novamente, talvez de uma nova forma, escrever a uma nova história repetindo os personagens. porquê não?

lentamente ele foi voltando ao normal. ele não queria vê-lo. até insistiu. nada. ele disse: vai pra casa, eu te ligo a noite para saber como está tudo por aí. ele respondeu: 'está tudo ruim. está tudo sem você.' - o dia tinha acabado pra ele. outra vez. estava feliz por dentro pela ponta de esperança. arrumou as coisas e foi para casa esperando o próximo capítulo da história. desejando bem lá no fundo, que dessa vez o título desse capítulo fosse: ad infinitum.

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