5.4.16

o medo de ser insignificante.




Não é algo recorrente. É como uma sensação latente, mas que só consegue chegar à superfície hora ou outra. Um simples gatilho e pronto, ela está lá, pujante. Você se olha no espelho e se pergunta: qual a diferença que eu faço? Na vida dos outros, no mundo? A gente assiste séries, filmes, lê notícias que mostram pessoas de alta relevância, com grandes feitos e pesos. Seja no entretimento, na política ou em qualquer área. E isso faz que nos sintamos tão pequenos, tão frágeis. Beirando o insignificante.

Se a vida me fosse ceifada nesse exato momento, qual foi meu legado? Além das pessoas que me cercam. E talvez seja isso. Esse desejo que nasce dentro do meu ser de não querer ser a média. Não querer ser a linha tênue entre o sucesso e o fracasso. Alguém que sobrevive ao invés de viver. A semântica poderia flertar com a depressão, mas é apenas realismo.

É quando você se olha no espelho e diz para si mesmo: eu não nasci para ser mediano. Eu nasci para a grandeza. De espírito e de ações. Nasci para, não apenas ser alguém que quer ser lembrado, talvez isso nem importe, mas para ser alguém que fez alguma diferença no todo, no macro, seja na frente de um grande holofote ou atrás de uma pesada cortina. Talvez esse é o medo e o desejo, o ser insignificante em sua própria vida. Mas tenho a certeza de uma coisa: todos nós fomos destinados a grandeza. É uma busca que precisa ser feita, ou seremos sempre a pessoa insatisfeita com o trabalho, a casa, a vida. Agora só me falta achar a minha e espero que você também ache a tua. 

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