11.8.08

Mad About You

Talvez amar seja uma linha tênue. Sublime sabe? Uma linha que forma-se entre a razão e a loucura.

O amor ultrapassou a existência de todos os homens. Veio dos primórdios, onde quem sentia, de fato, nem sabia exatamente o que era. Nem falavam na época. Mas sentiam. Hoje o amor é cantado, explicado, 'versificado', ou qualquer que seja a palavra, ele está em todas as formas, cores, tamanhos... O amor está relativamente em tudo. Ao redor de cada ser que compõe esse planeta.

Mas talvez amar seja um pouco mais do que anda acontecendo hoje. Poderíamos, facilmente então, dizer que hoje sofremos da banalização do amor. Casa-se sem a certeza plena e absoluta, diz-se 'eu te amo' sem nem ao menos ter a consciência exata se já, alguma vez na vida, sentiu de fato o amor. Caso você esteja perguntando-se nesse exato momento: 'de fato eu amo?'. Pare. A resposta é automática e rápida: Não. Quem sente não duvida. Quem duvida não sente. Proporções idênticas e inversas.

Existem pessoas que amam verdadeiramente, e percebemos isso desde fatos literários, culturais e etc. que nos cercam ou até entre amigos. Não é algo difícil de se notar. Mas cuidado! O maior talvez dos erros hoje, mais até que a própria banalização da atitude e da palavra, vem do fato das pessoas confundirem Amor com PAIXÃO. Calma, paixão é algo que vem súbito. De repente, quando menos se espera você encontra-se em um turbilhão de sentimentos inexplicáveis. Você tem sede e a única coisa que poderia matar essa sede é a pessoa a qual estamos apaixonados. Quando vemos estamos deixando de lado tantas coisas porque a pessoa está ali, no centro. O mundo para de girar em torno do Sol e temos um novo astro/planeta/humano no lugar. Isso chama-se Paixão. É uma força inexplicável. Aquece e queima. Mas com a mesma rapidez e intensidade com que chega, vai. E ficamos ao léu. Como barcos à deriva. Sem rumo. Ou ficamos livres e dispostos, com todas as fichas à esperar pela próxima paixão. Como jogadores esperam por uma carta que está para vir. Tudo é uma aposta. Mas na paixão, um sempre perde. Ela tem data de validade. Segundo estudiosos italianos, a paixão dura ao máximo 4 anos e meio. Triste pensarmos que nesse tempo você pode acordar e dizer: "Nossa, não o/a amo mais.'. Desculpa, mas é essa a realidade. Estamos sujeitos a dizer da mesma forma que estamos de escutar e por mais impossível que pareça, isso é (ou deveria ser) totalmente compreensível. Não pdoemos escolher gostar de alguém (seja paixão ou amor) e também podemos escolher deixar de gostar (paixão). É algo inerente a nossa vontade. Não temos controle sobre isso. A paixão acaba. Mas o amor não. Esse não tem data de validade, nem nada que o valha. O amor é eterno. Cíclico e perfeito. Ele dá volta em tornos de sí só. Não há egoísmo. Nem egocentrismo. Você não precisa estar focado 24/7 na mesma pessoa, afinal de contas, o mundo gira em torno do Sol e nós sabemos exatamente isso. O amor é você sentir e saber o que sente. Ele é perfeito, contínuo e eterno.

Por mim ficaria aqui, horas falando sobre esse über sentimento... Mas isso seria um outro propósito.

Enjoy it.

Um comentário:

Taty disse...

O amor é algo tão mágico...tão inefável....

quando a gente ama de verdade, a gente realmente sabe e sente...tudo fica diferente! A gente ganha ânimo e força para tudo...A gente quer somar, dividir, a gente quer o outro feliz sempre...

A paixão não, ela é arrebatadora. Ela nos cega e nos vicia...mas como tão bem vc disse, ela acaba.
Uma hora ou outra, a gente percebe que não vale a pena se doar tanto pelo outro...


Enfim...esses são sentimentos mto complexos...mas tbm tão necessários na nossa vida...com cada um deles, aprendemos...sentimentos....vivemos.