23.10.13

eu e os livros

Eu sempre começo meus textos com: eu não sei explicar. Na verdade cheguei a conclusão que a falta de explicação é o que me faz mais escrever. E logicamente, essa foi a forma como pensei em começar esse texto novo.

Estou lendo "A mulher do viajante no tempo", que é sem dúvidas um livro incrível! Mas há um fascínio. A história, obviamente fala sobre o amor e suas dificuldades, ainda mais quando se relaciona com alguém que viaja no tempo de maneira involuntária. Bem, eu estou namorando, e a história sobre isso é um pouco longa, mas o interessante é que de alguma forma eu me identifiquei no livro, identifiquei um pouco do meu relacionamento naquele casal estranho ali, naquelas páginas, mesmo sem muito sentido. Quanto mais eu lia, mais meu coração se preenchia de amor, não sei porque, talvez eu tenha visto que as dificuldades ali do casal eram mínimas em comparação com as que eu tenho na cabeça, ou que eu crio na cabeça. Isso me alimentou, e me dava uma sensação que parecia que eu ia explodir, que meu coração ia preencher uma sala.



Dirigi desesperado até São Paulo, na casa do meu namorado, procurando olhar para ele e afastar todos os problemas, todas as neuras, tudo o que meu ciúmes sempre me atrapalhou. Foi instantâneo, e, por algum tempo, parecia que nada importava. Mensagens, pessoas que ele conversa, nada, nada mais tinha importância a não ser o ali e o agora, em que estávamos juntos e felizes.

O mais engraçado na história toda é que uma vez que eu tenha um problema com o relacionamento, eu quase joguei o livro fora. Era como se uma coisa estivesse tão ligada à outra, que fosse as duas uma coisa só.

Agora eu acho que está tudo bem, tenho conseguido manter esse equilíbrio de simplesmente não me importar com coisas secundárias. Estou me sentindo bem demais com ele pra deixar que alguma coisa atrapalhe. E sobre o livro, bem, ele está acabando e eu já estou sofrendo de novo! E que venham os próximos livros, e que eu nunca mais precise de próximos amores.

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