21.1.09

Lápis e borracha.

Era como se toda a minha personalidade tivesse sido escrita a lápis e agora alguém tentasse apagar enquanto eu crio novos desenhos, novos traços para marcar algo que eu via perdendo-se no tempo e espaço. Onde será que foi que isso mudou? Talvez tenha sido num ato tardio. Meu? Ou de outrem.

Passei da decisão ferrenha para uma INdecisão tão complexa quanto fora da minha realidade. Camiseta azul ou branca? Meu Deus! Isso não era algo na qual eu precisasse me preocupar, ao contrário, as coisas já se formavam na minha cabeça como se eu já tivesse nascido com aquilo pintado em um quadro e pendurado na minha parede. Apagaram o quadro também?

Eu vou andando nesse meio de pedras tentando achar tudo o que eu perdi. Ficaram tantas coisas para trás que eu precisarei de um local maior para guardar tudo o que acabou caindo. Ou será que eu deveria simplesmente continuar andando como se essas pedras nunca tivessem sido parte de mim? Viu! É disso que eu falo. A indecisão até na hora de escrever um manuscrito qualquer em uma quarta-feira chuvosa. Onde foram as idéias e os sonhos?

Novos caminhos recentes foram traçados e me amedrontam mais do que me lançam a um destino certo. Talvez o tempo, esse grande amigo de todos os que o sabem usar, que tem fugido de mim, confesso, mas que agora talvez seja ele quem me trará a solução de todos os problemas que eu criei ou que me foram dados. Viajar e esquecer. Me isolar do mundo por alguns dias como tenho planejado a tanto tempo. Esquecer. Deixar tudo aquilo para trás enquanto eu vou descobrindo quem são e quem sou.

Meu desafios sempre foram a melhor parte de mim, mesmo para aqueles que não me conhecem. Mas que deveriam. Eu tento, sempre escutar aquilo que meu coração diz, mas as vezes ele prefere se calar e deixar que as coisas aconteçam sozinhas. Ele tem razão. Vamos brindar ao destino, seja ele fabuloso ou fantasioso. Real ou irreal. Decidido ou não. Vamos brindar a uma nova era, a um novo caminho, um novo mundo dentro de mim e a todos os novos riscos e traços que me tornarão cada vez mais um esboço daquilo que eu sempre quis ser.

Te vejo em uma nova era.

Um comentário:

Anônimo disse...

coisa lindo esse texto, muito a ver com o que sinto.
escreves com fluidez, sr. enrico ;)